quinta-feira, 17 de julho de 2008

Hoje foi um dia bastante proveitoso! A começar pelo forte vento que logo cedo entrou, e assim, dia afora continuou. O treino foi bem eficiente e com isso, maior era a minha vontade de continuar na água.
Parecia como um dia de campeonato. Teve platéia vibrando e aplaudindo a cada execução bem sucedida! Isso me deu mais força para seguir firme. Saí da água esgotado, porém feliz com elogios de grandes nomes do windsurf como Taty Frans (NB-9), Kevin Mevissen (H-79), Quincy (ARU-10), Yoli Brendt (V-26) e da favorita a ganhar o títudo do mundial no freestyle feminino, Sarah-Quita (ARU-91).
Isso sim é um grande reconhecimento de um trabalho que vem se desenvolvendo a cada dia. Logo penso na satisfação das pessoas que em mim acreditaram!
Fica aqui o meu sincero obrigado aos meus patrocinadores: POUSADA WINDJERI, NORTH SAILS, FANATIC E ION.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Como de hábito… café da manhã reforçado para não faltar energia, preparo de sanduiches para os intervalos feitos durante os treinos, água gelada para hidratar e tudo pronto: vamos à praia!
Ao meio dia ainda não havia vento suficiente para treinar e o pouco que tinha, estava muito rajado. O jeito foi se ajeitar nos sarcófagos e ligar a internet para se antenar às novidades do dia anterior. Atualizados, fomos dar uma caminhada para conhecer a praia de nudismo próxima à praia onde será realizado o campeonato. Entre uma paisagem e outra, pausa para fotos e mergulhos... Nesse meio tempo, o vento começou a dar as caras. Logo voltamos para preparar os equipamentos e velejar!
Apesar do vento rajado, foi um dia produtivo, pois acertei muitas manobras. Nisso foram boas horas na água... Até que o inesperado aconteceu: ao executar um Flaka, caí sobre a prancha quebrando-a em dois lugares na parte do bico. Situação chata, pois era minha única prancha de 86 litros. A outra que eu tinha era maior, logo, mais pesada para as condições do dia de hoje. Mas nada que tenha me tirado a oportunidade e vontade de treinar. Fiz um reparo na prancha quebrada e enquanto a mesma secava, fui velejar com a outra.
E foi no final da tarde o vento aumentou, tornando, assim, o treino mais divertido e técnico para mim.

terça-feira, 15 de julho de 2008

FUERTEVENTURA - A mais bela!

Cheguei em Fuerteventura dia 14 de julho, por volta da 17:00, e a primeira atitude foi procurar um lugar para ficar por esta temporada, que vai até o dia 29 de julho. A vista para o mar já era suficiente para perceber que havia vento necessário para velejar.
Já no dia seguinte, após um bom café matinal reforçado, fui à praia preparar o equipamento que havia chegado pelo container. Armei a vela, montei a prancha e tudo estava pronto para ir em busca de um bom velejo.
No início do treino, o vento estava muito forte e terral. Eu havia entrado na água com uma vela 4.2 e assim aproveitei para executar boas manobras. Após uma hora, as condições aumentaram e voltei à tenda para armar uma vela 3.7 - tamanho que o vento exigia no momento. Após a troca, permaneci por mais tempo na água e o treino evoluiu, sendo as manobras executadas com mais técnicas e velocidade.
O grau de dificuldade nos acertos das manobras aumentou, uma vez que o vento começou a ficar rajado. Vale lembrar que o fato de ser terral já era uma condição nova de treino. O que me animou foram os comentários dos moradores locais a respeito da melhora das condições climáticas.
Após esse primeiro dia de treino e muita energia gasta, nada como um bom strogonoff preparado pelo Ian (sua especialidade), com ajuda da Priscila.
Agora é hora de descansar e pensar como será o velejo do dia seguinte.

domingo, 22 de junho de 2008

MESTRE CUCA?????

Depois de umas boas horas na água, a fome chegou. Assim, decidimos fazer um strogonoff em casa. Ian iria prepará-lo com receita de Dona Graça, e eu faria o arroz.
Já em casa, enquanto eu preparava os ingredientes do almoço, Chico, Ian e Levi foram ao supermercado comprar o que ainda faltava. Umas das coisas que Chico e eu não tínhamos em casa era sal. Todo dia pedíamos ao Ian e ao Phill... Daí, logo frisei ao Chico: “não se esqueça de comprar sal!”. Depois de alguns minutos, eles chegaram. Ok, mãos à obra para o fazer almoço! E rápido, pois a fome era grande.
Assim que o arroz começou a cozinhar, Ian assumiu o fogão. Quando o vi temperando o strogonoff, imaginei que meu arroz poderia estar sem sal. Logo peguei o tal sal que Chico havia comprado e coloquei umas pitadas. De repente, começou a espumar. Uma situação que eu jamais vira fazendo arroz. Ian, ao meu lado, ainda disse: “é Pri, tem sal que é assim mesmo!”. Tá bom... Eu vou discutir com o filho de dona de restaurante???? Nunca no Brasil, né!
Arroz e strogonoff prontos para comer, convidei Phill para almoçar também. Enquanto eu preparava a mesa, Ian fez mais um comentário: “galera, acho que ficou um pouco sem sal.”. E então eu completei: “penso que o arroz também...”. Mas a fome era maior, logo, o melhor tempero!!! Para quem quisesse salgar a comida, peguei o sal na cozinha e levei para varanda onde almoçávamos. Aí foi a maior surpresa!!!! Chico havia comprado sal de frutas! Isso mesmo, daqueles digestivos efervescentes (isso explica as espumas no arroz) e ainda com sabor laranja!
Pra quê!?! Todos nós fizemos piadas pela confusão! Mas não é que no final ficou bom?! Rsss! Ainda completei: “perfeito: você come sem medo de passar mal pois o digestivo já vem incluso na comida!!!”
Este foi mais um dia hilário aqui em Lanzarote. Ah! E as fotos não me deixam mentir!!!! Confira:

O "sal" para Chico!



Ian com dores na barriga e Phill sofrendo para engolir!!! kkkkkk



Autor: Priscila Nahas
Fotos: Arquivo pessoal

sexta-feira, 20 de junho de 2008

TEMPO PARA TREINOS

Depois de um bom descanso pelo acumulado cansaço, Chico Bento reforça seu café da manhã já com bons pensamentos para desfrutar e treinar muito.
Não foi diferente... longas horas de dedicação. Entre uma manobra e outra Chico faz a análise técnica das mesmas, já prevendo como será nos dias de campeonato.
Como é sua estréia no circuito, nosso brazuca conta com o apoio e dicas do então experiente e amigo Ian Mouro.



Chico aproveitando as condições.




Praia La Curcharas



Desta vez não foi possível aguentar a saudade então...

eu vim!!!!


Autor: Priscila Nahas
Fotos: Arquivo pessoal

quinta-feira, 19 de junho de 2008

RUMO A LANZAROTE

Próxima parada do Freestyle PWA World Tour 2008 que acontece no período de 23/06 a 28/06 é em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Mais preciso na pequena Costa Teguise, ao leste da ilha, famosa por seus ventos contínuos durante o verão. E junto está Danilo Menezes da Silva, o nosso Chico Bento, para mais esta etapa.
Depois de uma longa viagem vinda de Belo Horizonte (MG, Brasil), Chico chega a Costa Teguise com “sede” de velejar. Uma vez instalado nas dependências do hotel o qual ficará por este tempo, encontrou seu amigo Ian Mouro e foi logo montando seu equipamento com destino a praia das Curcharas, local sede do campeonato. Mar adentro verificou as condições de velejo que o local oferece, avaliando assim, muitas variações - o que é muito diferente da sua habitual Jericoacoara.
Foi um bom tempo na água pois o dia só escurece após às nove da noite.



Autor: Priscila Nahas
Fotos: Arquivo pessoal

segunda-feira, 9 de junho de 2008

PRÓXIMA PARADA

Aconteceu no período de 04 a 08 de junho em Lefkada, Grécia, a terceira etapa do Campeonato Europeu de Windsurf (EFPT). Para o mesmo, Danilo Menezes, o mais recente atleta do circuito europeu e mundial (PWA), também conhecido como Chico Bento, preparou-se na Ilha de Sardenha, seu polo durante os três meses em que esteve na Europa entre treinos e competições.
Antes de partir para a Grécia, Chico intensificou por quinze dias seu tempo no mar para aperfeiçoar e desenvolver suas manobras. Já em terras gregas, o atleta esperou pelo vento para poder desfrutar das azuis e cristalinas águas do litoral sul de Lefkada.
Pró-ativo como é, mostrou não ser apenas “full power” na água. Fora dela também virou atração: deixou atletas, organizadores, imprensa e observadores de boca aberta ao radicalizar com seus saltos mortais e sua agilidade na capoeira - uma mistura de luta, dança e arte muito popular no Brasil, e que vem ganhando adeptos por toda parte do mundo.
Vale lembrar que o grande amigo e companheiro de velejo Ian Mouro Lemos (BRA-85), com seus recém completados 18 anos, esteve presente também nesta etapa que foi sediada no CLUB VASSILIKI, o qual forneceu total apoio aos atletas brasileiros.
Com simpatia e humildade, o atleta Chico Bento agradeceu a todos que por ele torceram, em especial aos patrocinadores que nele acreditaram e depositaram confiança: NORTH SAILS, FANATIC BOARDS, ION E WINDJERI POUSADA.



TREINOS EM SARDENHA



APERFEIÇOANDO SUA MANOBRAS




INTENSIVO EM PORTO POLLO




ATÉ O ATLETA KEVIN MEVISSEN (H-79)
ENTROU NA "DANÇA"




IAN DECOLANDO



Autor: Priscila Nahas
Fotos: EFPT, arquivo pessoal

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Temporada Européia

Local Sardenha - Itália

Em meio a águas claras e cristalinas, Porto Pollo é uma pequena e paradisíaca ilha que se localiza no norte na Sardenha. No verão, desembarcam turistas de toda parte do mundo, sendo que, no período de abril a junho, a frequência maior é de alemães.


A Sardenha é uma ilha muito grande e assim, oferece várias condições para o velejo. Tanto ao norte quanto ao sul, encontramos ótimas praias para a prática de wave. Agora, se o foco é o freestyle, o lugar perfeito é Porto Pollo: vento durante todas as estações do ano e velocidade que varia entre 20 e 50 nós. Lá, a maior vela usada foi uma 4.2. A água é flat mas também chop, proporcionando assim uma maior variedade nos treinos. Vale lembrar que no momento é indispensável o uso do neoprene.

Foi em meio ao frio e as excelentes condições para o freestyle, que Danilo Menezes, o famoso Chico Bento, fez seus treinos. Danilo está em turnê pela Europa para competições nos Circuitos Mundial e Europeu e para aperfeiçoar seu velejo.


O garoto de Jericoaoca tem a alegria de agradecer a Alby e Augusto da escola SPORTING CLUB SARDINIA por toda estrutura e apoio disponibilizados. Para mais informações sobre a escola e as belezas da ilha, acesse ao site http://www.portopollo.it/.

Em breve mais notícias da trip pela Europa!




Autor: Priscila Nahas
Fonte: http://www.windsurfmania.com.br/

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Brasil em busca do título europeu e mundial!


A primeira etapa do Campeonato Europeu (EFPT) aconteceu entre os dias 26 e 30 de março em Tarifa, Espanha. Chegamos uma semana antes da competição para conhecer o pico do velejo. Saímos de Roma no dia 21 de março e fomos de barco até Barcelona. Depois de uma longa viagem cruzando o mar Mediterrâneo, chegamos a Barcelona pelo final da tarde. De Barcelona a Tarifa foram mais dez horas de carro.Chegamos então no dia 22 às cinco horas da manhã. Depois desta longa viagem até chegar ao destino final, ficamos dormindo dentro do carro até o dia clarear e esperando a pequena cidade de Tarifa acordar. Assim, fomos em busca de uma casa para nos manter bem confortáveis.

No dia em que chegamos a Tarifa, fomos ao pico do campeonato para conhecer o local e procurar um lugar para guardar os equipamentos de todo time. Logo depois, às 11h30 entrou o tão esperado vento. Com uma velocidade aproximada a 35 nós, foi tudo muito assustador, pois o lugar não parecia ventar! Engano meu... Em pouco tempo surgiu um vento ainda mais forte que a gente não esperava! Então virei para meus amigos Sassá e Edvan e falei que era vento para vela 4.0! Armei meu equipamento e fui para água! Na sequência eles entraram na água e foi um dia muito proveitoso e de muito treino, pois estávamos há quatro semanas sem velejo! Depois de uma boa performace voltamos para casa contentes! Falávamos sobre como tinha sido o treino e as manobras executadas durante o mesmo. Até então, nós fomos os primeiros atletas a chegar ao pico do velejo, sendo que os outros competidores só foram chegar dois dias antes de iniciar o evento.

Mas o que mais nos preocupava era o frio. A água era muito gelada! Não estamos habituados a esta temperatura. No Ceará não temos águas frias. Já em Tarifa, a temperatura da água era de aproximadamente 10oC. Aos poucos, durante os treinos, fomos nos adaptando e criando maior intimidade com a água.

No dia 26 de março, uma quinta-feira, deu-se início à competição. Neste primeiro dia, passei por quatro baterias, vindo a perder a última! Esses três resultados da estréia foram muito bons e importantes para mim! Já o Edvan ganhou duas e perdeu uma. Sassá não foi muito bem na primera, não conseguindo passar, para alegria do polonês JaKub Kosmowski POL-288.

No segundo dia, as baterias só foram começar às 12h45 e, até então, o vento não havia entrado. A minha bateria foi a segunda do dia, mas não tive muito sucesso contra o sueco Andreas Olandersson S-66. Já na terceira, fui melhor ganhando do holandês Ruben Petrise NB-50. No dia 30, esperamos pelo vento, mas ele não apareceu! Sendo assim, a organizaçao decidiu fazer uma SUPER SESSION. Nessa, todos os riders entraram na água para fazer o melhor de si em apenas uma manobra!

E não foi que deu Brasil?! Edvan saiu executando um perfeito Air Chacho e conseguiu levar a SUPER SESSION!

Resultado geral da etapa obtido pelo Brazil Team:

9°) Danilo Menezes da Silva (ChicoBento)
13°) Edvan Souza de Pedro
25°) Francisco Samuel Teixeira (Sassa)




Brazil Team dando um rolézinho de bicicleta em Barcelona

Depois de uma viagem longa, enfim, o destino: Tarifa

Tá frio, mas tá beleza''


Chico Bento se aquecendo no frio com a capoeira

Tarifa é um paraíso para o kite e windsurf

Chico Bento em ação...


Autor: Priscila Nahas

terça-feira, 22 de abril de 2008

Para onde o vento levar...

Tudo começou no ano de 1999, quando ficou impressionado com um frontloop executado por um estrangeiro. Ali nasceu um sonho que, como todos os outros, necessitava de muita dedicação. Danilo é o nome, Chico Bento o apelido e BRA 83 um número de muito orgulho.


Ele era vendedor ambulante na praia e ali observava, aproveitando para fazer os primeiros contatos com o esporte. Em troca de gorjetas, ajudava Maurizio Gusella (o tal estrangeiro) a levar o seu material de volta para a pousada. O interesse cresceu, até que um dia Maurizio propôs uma troca: ao invés das gorjetas, aulas de windsurf.

Início difícil, uma vez que Maurizio não possuía equipamentos para iniciantes; os estrangeiros traziam apenas equipamentos profissionais. Entretanto, isso não foi empecilho para Chico Bento. Nos fins de semana e nos períodos de férias, às sete horas da manhã já estava na pousada, esperando Maurizio acordar e liberar o empréstimo do equipamento. O mesmo equipamento era revezado com o amigo e também aprendiz Edvan Souza.

Os garotos praticavam, e embora Chico treinasse muito, não conseguiu se sobressair. Assim, conclui que o windsurf não era para ele, e desistiu do esporte, voltando para o futebol. A capoeira jamais foi abandonada. Essa é paixão forte!

Um ano depois, Maurizio voltou da Itália com uma vela menor, facilitando assim a prática e o desenvolvimento. Chico montou seu primeiro equipamento com "presentes" oferecidos pelos turistas amigos. À partir de então, são oito anos de constante evolução e realizações.

O próximo passo é um de seus objetivos alcançados: viajar para a Europa, onde participará de etapas dos campeonatos Europeu e Mundial, como integrante de uma das grandes equipes do windsurf mundial.

Autor: Priscila Nahas
Fonte:http://www.windsurfmania.com.br/